domingo, 14 de dezembro de 2014

Ninguém é tão louco que não possa encontrar outro louco que o entenda




Em um artigo dedicado á sincronicidade – a teoria das causalidades expostas por Jung -, existe uma citação de Ernesto Sábato para explicar que as coincidências têm mais a ver com a finalidade do que com uma obscuridade lógica da sorte. Vamos tomar como exemplo dois amigos que conviveram por muito tempo mas se separaram ao irem morar em países diferentes. Por mais estranho que pareça, eles terão grande possibilidade de se reencontrarem em qualquer lugar do mundo que visitem.


E isso acontece por uma razão muito simples: se eles têm gostos e hábitos parecidos, não é improvável escolherem viajar para a mesma cidade – Tóquio, por exemplo – na mesma época do ano. Uma vez ali, como os dois têm referencias parecidas, iram aos mesmos lugares, no mesmo período do dia.


Quando, após anos sem se ver, se encontram de repente emuma livraria para estrangeiros no bairro de Ginza, os dois dizem: “Que coincidência!” Mas, na verdade, não poderia ter sido de outra forma.

Por outro lado, como diz Sábato, duas pessoas muito diferentes podem viver uma ao lado da outra e não se encontrarem nunca, nem mesmo na própria rua.

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