sexta-feira, 14 de setembro de 2012
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
domingo, 9 de setembro de 2012
A menina que calou os poderosos na ECO-92
“Olá, sou Severn Suzuki.
Represento a ECO, a organização das crianças em defesa do meio ambiente. Somos um grupo de crianças canadenses, de 12 a 13 anos, tentando fazer a nossa parte, contribuir: Wanessa Suttie, Morgan Geisler, Michelle Quigg e eu.
Todo o dinheiro que precisávamos para vir de tão longe, conseguimos por nós mesmos para dizer que vocês adultos, têm que mudar o seu modo de agir. Ao vir aqui hoje, não preciso disfarçar meu objetivo. Estou lutando por meu futuro. Não ter garantia quanto ao meu futuro, não é o mesmo que perder uma eleição ou alguns pontos na bolsa de valores.
Estou aqui para falar em nome das gerações que estão por vir. Estou aqui para defender as crianças com fome, cujos apelos não são ouvidos. Estou aqui para falar em nome dos incontáveis animais morrendo em todo o planeta, porque já não têm mais para onde ir. Não podemos mais permanecer ignorados!
Hoje tenho medo de tomar sol por causa dos buracos na camada de ozônio. Tenho medo de respirar esse ar porque não sei que substâncias químicas o estão contaminando. Eu costumava pescar em Vancouver com meu pai, até o dia em que pescamos um peixe com câncer. Temos conhecimento de que animais e plantas estão sendo destruídos a cada dia e, em vias de extinção.
Durante toda minha vida, eu sonhei ver grandes manadas de animais selvagens, selvas, florestas tropicais repletas de pássaros e borboletas, mas, agora eu me pergunto se meus filhos vão poder ver tudo isso. Vocês se preocupavam com essas coisas quando tinham a minha idade?
Todas essas coisas acontecem bem diante dos nossos olhos e, mesmo assim, continuamos agindo como se tivéssemos todo o tempo do mundo e todas as soluções. Sou apenas uma criança e não tenho soluções, mas quero que saibam que vocês também não têm.
Vocês não sabem como reparar os buracos da camada de ozônio!
Vocês não sabem como salvar os salmões das águas poluídas!
Vocês não podem ressuscitar os animais extintos!
Vocês não podem recuperar as florestas que um dia existiram, onde hoje é deserto.
Se vocês não podem recuperar nada disso, então por favor: parem de destruir!
Aqui, vocês são os representantes de seus governos, homens de negócios, administradores, jornalistas ou políticos. Mas na verdade, são mães e pais, irmãos e irmãs, tias e tios, e todos também são filhos.
Sou apenas uma criança, mas sei que todos nós pertencemos a uma sólida família de cinco bilhões de pessoas e ao todo somos 30 milhões de espécies, compartilhando o mesmo ar, a mesma água e o mesmo solo. Nenhum governo, nenhuma fronteira poderá mudar esta realidade!
Sou apenas uma criança, mas sei que esse problema atinge a todos nós e deveríamos agir como se fossemos um único mundo, rumo a um único objetivo.
Apesar da minha raiva, não estou cega. Apesar do meu medo, não sinto medo de dizer ao mundo como me sinto. No meu país, geramos tanto desperdício, compramos e jogamos fora… compramos e jogamos fora… e os países do Norte não compartilham com os que precisam. Mesmo quando temos mais do que o suficiente! Temos medo de perder nossas riquezas, medo de compartilhá-las.
No Canadá temos uma vida privilegiada com fartura de alimentos, água e moradia. Temos relógios, bicicletas, computadores e aparelhos de TV. Há dois dias aqui no Brasil ficamos chocados! Quando estivemos com crianças que moram nas ruas,.. ouçam o que uma delas nos contou: “Eu gostaria de ser rica e se fosse, daria a todas as crianças de rua, alimentos, roupas, remédios, moradia, amor e carinho.” E se uma criança de rua que não tem nada, ainda deseja compartilhar, porque nós que temos tudo somos ainda tão mesquinhos?
Não posso deixar de pensar que essas crianças têm a minha idade e que o lugar onde nascemos, faz uma grande diferença. Eu poderia ser uma daquelas crianças que vivem nas favelas do Rio. Eu poderia ser uma criança faminta da Somália. Uma vítima da Guerra do Oriente Médio ou uma mendiga da Índia.
Sou apenas uma criança, mas ainda assim sei que se todo o dinheiro gasto nas guerras fosse utilizado para acabar com a pobreza, para achar soluções para os problemas ambientais, que lugar maravilhoso a Terra seria!
Na escola desde o jardim da infância, vocês nos ensinaram a: sermos bem comportados, a não brigar com os outros, a resolver as coisas bem, a respeitar os outros, arrumar nossas bagunças, não maltratar outras criaturas, dividir e não ser mesquinho. Então porque vocês fazem justamente o que nos ensinaram a NÃO FAZER?
Não esqueçam o motivo de estarem assistindo a estas conferências. E para quem vocês estão fazendo isso. Vejam-nos como seus próprios filhos. Vocês estão decidindo em que tipo de mundo nós iremos crescer. Os pais devem ser capazes de confortar seus filhos dizendo-lhes: “tudo ficará bem” “estamos fazendo o melhor que podemos”. Mas não acredito que possam nos dizer isso. Estamos sequer na sua lista de prioridades?
Meu pai sempre diz: “você é aquilo que faz, não aquilo que você diz”. Bem, o que vocês fazem, nos fazem chorar a noite. Vocês adultos, nos dizem que vocês nos amam. Eu desafio vocês!
Por favor: façam as suas ações refletirem as suas palavras!
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
Everything
. Eu culpo a todas as pessoas, menos a mim mesma
Minha agressividade passiva pode ser devastadora
Eu sou assustada e desconfiada
E você nunca conheceu ninguém tão fechado
Quanto, às vezes, eu sou.
- Alanis Morissette
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
Conte-nos sobre a Solidão.
Sem a solidão, o Amor não permanecerá muito tempo ao seu lado.
Porque também o Amor precisa de repouso, de modo que possa viajar pelos céus e manifestar-se de outras formas.
Sem a solidão, nenhuma planta ou animal sobrevive, nenhuma terra é produtiva por muito tempo, nenhuma criança pode prender sobre a vida, nenhum artista consegue criar, nenhum trabalho pode crescer e se transformar.
A solidão não é a ausência do Amor, mas o seu complemento.
A solidão não é a ausência de companhia, mas o momento em que nossa alma tem a liberdade de conversar conosco e nos ajudar a decidir sobre nossas vidas.
Portanto, abençoados sejam aqueles que não temem a solidão. Que
não se assustam com a própria companhia, que não ficam desesperados
em busca de algo com que se ocupar, se divertir, para julgar.
Porque quem nunca está só já não conhece mais a si mesmo.
E quem não conhece a si mesmo passa a temer o vazio.
Mas o vazio não existe. Um mundo gigantesco se esconde em nossa
alma, esperando para ser descoberto. Está ali, com sua força intacta,
mas é tão novo e tão poderoso que temos medo de aceitar sua
existência.
Porque o fato de descobrir quem somos nos obrigará a aceitar que podemos
ir muito além do que estamos acostumados. E isso nos assusta.
Melhor não arriscar tanto, já que podemos sempre dizer: "Não fiz o que precisava porque não me deixaram."
É mais confortável. É mais seguro. E, ao mesmo tempo, é renunciar à própria vida.
Ai daqueles que preferem passar a vida dizendo "Eu não tive
oportunidade"!
Porque a cada dia afundarão ainda mais no poço dos próprios limites,
e chegará o momento em que não terão mais forças para escapar dele e encontrar de novo a luz que brilha pela abertura acima de suas cabeças.
E abençoados os que dizem: "Eu não tenho coragem."
Porque esses entendem que a culpa não é dos outros. E cedo ou tarde encontrarão a fé necessária para enfrentar a solidão e seus mistérios.
E para aqueles que não se deixam assustar pela solidão que revela os mistérios, tudo terá um sabor diferente.
Na solidão, ele descobrirá o amor que poderia chegar despercebido.
Na solidão, ele entenderá e respeitará o amor que partiu.
Na solidão, ele saberá decidir se vale a pena pedir para que retorne, ou
se deve permitir que ambos sigam um novo caminho.
Na solidão, ele aprenderá que dizer "não" nem sempre é falta de generosidade,
e que dizer "sim" nem sempre é uma virtude.
E aqueles que estão sós neste momento, jamais se deixem assustar
pelas palavras do demônio, que diz: "Você está perdendo tempo."
Ou pelas palavras, ainda mais poderosas, do chefe dos demônios:
"Você não importa para ninguém."
A Energia Divina nos escuta quando falamos com os outros, mas também
nos escuta quando estamos quietos, em silêncio, aceitando a
solidão como uma bênção.
E nesse momento, a Sua luz ilumina tudo o que está ao nosso redor e
nos faz ver quanto somos necessários, quanto a nossa presença na
Terra faz uma imensa diferença para o Seu trabalho.
E quando conseguimos essa harmonia, recebemos mais do que
pedimos.
E para aqueles que se sentem oprimidos pela solidão, é preciso lembrar:
nos momentos mais importantes da vida sempre estaremos
sozinhos.
Como a criança ao sair do ventre da mulher: não importa quantas
pessoas estejam à sua volta, cabe a ela a decisão final de viver.
Como o artista diante de sua obra: para que seu trabalho seja realmente
bom, ele precisa estar quieto e escutar apenas a língua dos
anjos.
Como nos encontraremos um dia diante da morte, a Indesejada das
Gentes: estaremos sozinhos no mais importante e temido momento de
nossa existência.
Assim como o Amor é a condição divina, a solidão é a condição humana.
E ambos convivem sem conflitos para aqueles que entendem o
milagre da vida.
- Manuscrito encontrado em Accra - Paulo Coelho
O Meu Milagre !
Pedi a Deus um milagre, achei que não tinha acontecido. Pedi que ele aliviasse meu coração, mas não acreditei que aliviaria. Pedi a ele um sinal, que fosse o mais claro possível. Minutos depois ele me manda um livro. Com todas as respostas, para todas as perguntas que ja fiz. Eu descobri que o milagre aconteceu, não da maneira que eu esperava mas da maneira que eu precisava. Meu coração foi aliviado. O sinal não poderia ter sido mais claro. Deus me mandou um manual de instruções. Foi a primeira vez na minha vida que não tive brechas pra duvidar dele.
OBRIGADA SENHOR ! ;*
OBRIGADA SENHOR ! ;*
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Para alguém especial
Fale-nos sobre o Sexo
Homens e mulheres murmuram entre si porque transformaram um
gesto sagrado em um ato pecaminoso.
Este é o mundo em que vivemos. E roubar o presente da sua realidade
é perigoso. Mas a desobediência pode ser uma virtude, quando
sabemos usá-la.
Se apenas os corpos se unem, não existe sexo – apenas prazer. O sexo
vai muito além do prazer.
Nele caminham juntos o relaxamento e a tensão, a dor e a alegria, a
timidez e a coragem de ir além dos limites.
Como colocar tantos estados opostos em sintonia? Só existe uma
maneira: por meio da entrega.
Porque o ato da entrega significa: "Eu confio em você."
Não basta imaginar tudo o que poderia acontecer se nos permitíssemos
unir não apenas nossos corpos, mas também nossas almas.
Mergulhemos juntos, portanto, no perigoso caminho da entrega. Embora
perigoso, ele é o único a ser percorrido.
E mesmo que isso provoque grandes transformações em nosso
mundo, não temos nada a perder – porque ganhamos o amor completo,
abrimos a porta que une o corpo ao espírito.
Esqueçamos o que nos ensinaram: que é nobre dar e humilhante
receber.
Porque, para a maioria das pessoas, generosidade consiste apenas em
dar. Mas receber é também um ato de amor. Permitir que o outro nos
faça feliz – e isso também o deixará feliz.
No ato sexual, quando somos excessivamente generosos e nossa maior
preocupação é com o parceiro, nosso prazer também pode diminuir,
ou ser destruído.
Quando somos capazes de dar e receber com a mesma intensidade, o
corpo vai ficando tenso como a corda de um arqueiro, mas a mente vai
relaxando, como a flecha que se prepara para ser disparada. O cérebro
já não governa o processo; o instinto é o único guia.
Corpo e alma se encontram, e a Energia Divina se espalha. Não apenas
naquelas partes que muitos consideram eróticas. Cada fio de cabelo,
cada pedaço de pele emana uma luz de cor diferente, fazendo com que
dois rios se transformem em um só mais poderoso e mais belo.
Tudo o que é espiritual se manifesta de forma visível, tudo o que é
visível se transforma em energia espiritual.
Tudo é permitido, se tudo for aceito.
O amor às vezes se cansa de falar apenas uma linguagem suave. Pois
deixemos que se manifeste em todo o seu esplendor, queimando como
o sol e destruindo florestas com seu vento.
Se um dos parceiros se entrega por completo, o outro fará a mesma
coisa – já que a vergonha transformou-se em curiosidade. E a curiosidade
nos leva a explorar tudo aquilo que não conhecíamos em nós
mesmos.
Procurem ver o sexo como uma oferenda. Um ritual de transformação.
Como em todo ritual, o êxtase está presente e glorifica o final – mas
não é o único objetivo. O mais importante foi percorrer com nosso
parceiro a estrada que nos levou a um território desconhecido, onde
encontramos ouro, incenso e mirra.
Dê ao sagrado o sentido do sagrado. E caso surjam momentos de
dúvida, é sempre preciso lembrar: não estamos sós nestes momentos
– ambas as partes sentem a mesma coisa.
Abra sem temor a caixa secreta de suas fantasias. A coragem de um estimulará
a bravura do outro.
E os verdadeiros amantes poderão entrar no jardim da beleza sem
temor de serem julgados. Não serão mais dois corpos e duas almas que
se encontram, mas uma única fonte de onde jorra a verdadeira água da
vida.
As estrelas contemplarão seus corpos nus, e eles não terão vergonha.
Os pássaros voarão por perto, e os amantes imitarão o ruído das aves.
Os animais selvagens se aproximarão com cautela, porque mais
selvagem é aquilo que estão vendo. E abaixarão suas cabeças em sinal
de respeito e submissão.
E o tempo deixará de existir. Porque na terra do prazer que nasce no
verdadeiro amor, tudo é infinito.
Manuscrito encontrado em Accra - Paulo Coelho
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