segunda-feira, 7 de junho de 2010

A DIMENSÃO DO AMOR.!




Quando nos enamoramos, o mundo toma as tonalidades da nossa emoção.
O coração anda atropelado no peito à simples lembrança da figura amada.
É comum que os primeiros anos do casamento sejam coroados de gentilezas e comemorações.
É também bastante comum que, à medida que os anos se somem, arrefeçam o afeto.
Foi por isso que o oncologista, ao receber aquele casal em seu consultório, admirou-se com a postura do marido. Era um comerciante de meia idade.
A esposa era portadora de um câncer raro, terrível.
Concluída a consulta, o marido a acompanhou até a sala de espera e retornou para falar a sós com o médico.“Doutor, quando conheci minha esposa, há 40 anos, e nos casamos, não tínhamos nada. Juntos, trabalhamos e amealhamos fortuna. Temos muitas posses, conquistadas ao longo dos anos. O que quero lhe dizer é que se for preciso gastar todos os nossos bens, não teremos perdido nada. Simplesmente teremos voltado à condição inicial. Quero que o senhor se preocupe com o melhor tratamento existente em nosso país e no exterior. Dinheiro é problema meu."
E assim foi. Ele jamais reclamou de gasto algum. Dois anos depois, ela morreria.
Mais tarde, ele falaria ao médico do quanto amava aquela mulher.
Ele a conhecera em um baile e a convidara para dançar. Quando a abraçou para a dança, ficou trêmulo e pensou: “Desejo passar o resto da vida abraçado com essa moça.”
Três meses depois se casaram. Ele fez um pedido formal mais ou menos nos seguintes termos:
“Quero pedir você em casamento para sermos felizes. Prometo que nunca haveremos de brigar por tolices. Muito menos por ciúmes descabidos. Pretendo ser seu companheiro pelo resto da vida, sentar na sala com você à noite. Escutar a música que ambos apreciamos e me sentir em paz com a mulher que mais desejo, no melhor lugar do mundo, nosso lar.”
Ele cumpriu a promessa, até a última palavra.

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